Olá, sou Luma Destefani e aqui conto a minha história, a minha jornada de autodescoberta e transformação. Vou contar para você o que me levou sair dos 70kg e chegar aos 104kg e como consegui eliminar 40kg.
Minha busca por uma transformação física e emocional foi repleta de desafios. Recorri a procedimentos como a lipoaspiração e experimentei vários medicamentos para emagrecer, dietas malucas e restrições absurdas, o que me levou a enfrentar ciclos repetidos de frustração. Eu não conseguia emagrecer e quando eliminava alguns kilos, não conseguia manter. Após minha lipoaspiração engordei o dobro que havia eliminado no processo em menos de 1 ano.
No entanto, ao encarar minhas feridas emocionais de frente, finalmente alcancei um resultado que não só me deixou feliz fisicamente, mas também trouxe equilíbrio e bem-estar emocional à minha vida. E foi através da minha busca incansável por me entender, que consegui viver esse processo de forma leve e amorosa e quero te mostrar que é possível transformar a dor em sua maior força.
Percebi que minha falta de autoestima e autoconfiança estava ligada a uma relação complicada com a comida. E que essa relação se deu início quando o meu pai faleceu, eu tinha 6 anos de idade, 3 dias antes do meu aniversário de 7 anos.
O pai representa segurança, proteção e até 7 anos de idade a criança absorve intensamente o meio que convive e começa a formar a sua visão de mundo através das suas experiências positivas, traumas e sua forma de lidar com seus sentimentos e emoções é baseada nas experiências quando criança, o que a faz replicar em sua vida adulta até ter consciência e tomar a decisão de mudar esse padrão. A forma que a minha criança encontrou para lidar com aquele turbilhão de emoções se replicou por anos e anos até eu ter consciência desse padrão e decidir mudá-lo.
Imagina comigo, uma criança apaixonada pelo pai, que o tem como herói e melhor amigo, a família estava em um momento muito bom e feliz, com seus desafios, mas em harmonia. Minha festa de aniversário toda programada, eu extremamente feliz e ansiosa para festejar com minha família e amigos quando de repente, em um dia normal, 3 dias antes do meu aniversário de 7 anos, meu pai, meu herói, meu melhor amigo foi trabalhar e não voltou.
Ele passou mal e faleceu a caminho do hospital. Meu mundo acabou naquele momento, meu melhor amigo não voltaria mais, como a vida iria seguir? Minha mãe viúva aos 34 anos, meu irmão com 11 anos e eu 6 anos, foi uma estrutura rompida bruscamente.
Eu vi minha mãe ser Mãe e Pai, meu irmão assumir responsabilidades, e eu sentindo um turbilhão de emoções sem entender, querendo tirar minha dor, a dor da minha mãe e do meu irmão mas eu não era capaz, e me perceber em dor, ver quem eu mais amo em dor, era multiplicar a dor por vezes incontáveis, e eu me calei por muitos anos e não conseguia nem falar sobre o falecimento do meu pai, comi, engoli e não digeri minhas emoções e meus sentimentos e com isso tive um apagão em minha mente (essa é a forma que a mente encontra para nos proteger de um acontecimento marcado por uma dor imensa).
Quando bebezinha eu já gostava muito de comer (muito mesmo) mas eu desequilibrei quando transferi para esse relacionamento alimentar a minha proteção, o meu conforto e a fuga da dor.
Meu relacionamento com a comida se tornou um vício, uma compensação e forma de proteção. Engordar é uma forma de buscar se proteger, vestir uma “capa” para enfrentar os desafios do mundo.
E quando pequena foi a forma que eu consegui para lidar com dores, e conforme fui crescendo fui replicando sem saber, inconscientemente, e quanto mais eu não sabia lidar com as emoções mais eu comia, virou um comer quando estava triste, quando estava feliz, entediada, comer para poder viver.
Virou uma dependência, e eu não sabia mais o que fazer. E eu fugia trabalhando muito e comendo muito, tudo para não olhar para minha criança, para as minhas emoções, eu usava dessa relação com a comida para me satisfazer e proteger, não ser vista, não chamar atenção, vestir minha armadura, minha capa de gordura para me sentir mais forte e protegida para os desafios da vida.
Tudo que eu precisava era me libertar para viver uma vida leve emocionalmente e fisicamente e o que eu fazia cada vez mais era me aprisionar em minhas emoções. Testemunhei meu peso disparar para 104kg devido à transferência do meu descontrole emocional para a alimentação.
Como me senti abandonada quando meu pai faleceu, eu não sabia o que estava acontecendo, eu me calei, tinha medo de ser vista, de me posicionar, e se eu for rejeitada? E se eu for abandonada novamente? Como eu lido com isso? E já na fase adulta, sem tratar essa dor, eu agia como a minha criança, calava, carregava o mundo nas costas e comia.
A necessidade constante de agradar a todos, o medo de ser vista e a minha dificuldade em dizer não me levaram a uma agenda sobrecarregada, sem sentido e sem tempo para mim mesma. O peso da culpa por não conseguir fazer ainda mais e a constante dificuldade em relaxar eram apenas algumas das dores que eu enfrentava nesse ciclo prejudicial.
Muitas vezes, abri mão da minha verdadeira essência, apenas para evitar a rejeição, e isso custou minha autoestima e autoconfiança. Foi somente quando decidi priorizar meu bem-estar emocional que as mudanças reais começaram a acontecer em minha vida. Ao acessar feridas emocionais profundas, reviver memórias de abandono e medo que me mantiveram em constante alerta, que foi possível eu quebrar esse ciclo e construir um novo.
Durante essa jornada, muitas experiências dolorosas marcaram meu caminho. Evitava festas, piscina e eventos sociais por conta da minha aparência, medo de ser vista, sentindo-me desconfortável diante do olhar dos outros. A viagem de formatura, um momento que deveria ser de celebração, foi uma oportunidade que deixei escapar, temendo o julgamento dos colegas. Por vezes, cheguei a me esconder, literalmente e emocionalmente, buscando refúgio da visibilidade que minha imagem carregava.
A vergonha da minha aparência moldou minhas escolhas, afastando-me de experiências que deveriam ser vividas com alegria e despreocupação. O impacto disso em minha autoestima era avassalador, alimentando ainda mais o ciclo negativo que me consumia.
Ao decidir enfrentar minhas dores emocionais de frente, percebi que a verdadeira transformação ia além da perda de peso. Foi a reconstrução da minha autoimagem e a redescoberta da confiança em mim mesma que tornaram possível a superação desses obstáculos.
A jornada não foi fácil, mas hoje, ao compartilhar minha história, quero inspirar outras pessoas a encontrar força na vulnerabilidade e acreditar que é possível transformar as adversidades em triunfos. E que pode não ser fácil, mas é possível de forma leve e amorosa.
E foi através de estudar a minha trajetória, os meus processos emocionais e atender muitas mulheres com essa mesma dor e atingirmos resultados incríveis que busquei mais uma especialização, Emagrecimento Consciente, e assim nasceu a metodologia TransforAmando que te convida agora a TransforAmar também! A viver o seu processo de transformação com amor, te libertando para viver a vida que merece! Te espero! Gratidão. Com amor, Luma.